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ASYLUM | HISTÓRIAS ANTOLÓGICAS

Asylum | Histórias antológicas de horror

Perseguidor

Era uma quarta-feira, por volta das 20:44; eu estava voltando da escola. Sim! Eu já tinha a idade um pouco avançada, mas não havia concluído meu Ensino médio ainda. Segui o caminho de sempre; minha casa não era tão longe da escola, nem tão perto também. Era uma boa caminhada de lá para cá. Nada fora do normal; estava sozinha, com meus fones no ouvido, escutando as mesmas músicas de sempre. Atravessei a rua e virei a esquina; notei que mais adiante havia uma pessoa, um homem, encostado no muro de uma casa. Nada fora do comum, não dei muita importância. Após passar pelo sujeito que estava do outro lado da rua, as coisas começaram a ficar estranhas! Ele assoviou para mim, mais de uma vez! Obviamente, não olhei para trás! Provavelmente era um bêbado, um vagabundo qualquer. Mas aí, ele começou a latir para mim! Latir mesmo! Igual um cão de rua. Na hora tremi inteira! Nunca havia visto tamanho bizarrice. Mas a coisa ficou feia de verdade, quando ele começou a correr de quatro, atrás de mim. Corri desesperada! Em Pânico! Entrei em uma rua onde havia um bar ainda aberto. O dono me acalmou, me deu água e uma cadeira para me sentar. Não contei o que vi para ele, não queria que pensasse estar sob efeito de alguma coisa. Disse apenas que um cachorro tentou me morder. Mas sei muito bem oque vi! Hoje, prefiro pegar o caminho mais longo e movimentado até minha casa.

A mulher perfeita

Meu nome é Samara! Desde jovem sonhava em casar, ter filhos e uma boa casa. Aos 22 finalmente me casei! Meu marido era bom e doce. Mas com alguns meses eu senti que ele ficou diferente comigo. Eu sempre fui uma boa esposa, ao menos dava o meu melhor; mas ele parecia não ver isso. Começou a sair durante o meio da noite e não fazia questão nenhuma de esconder. Um dia eu estava saindo do trabalho, era umas 17:38 da tarde; não prestei atenção e acabei sendo atropelada por um micro ônibus. Quebrei as perna, braços e algumas costelas. Meu marido ia me visitar algumas vezes na semana. Achei que depois disso as coisas iriam mudar; ele iria me dar mais atenção, ficar comigo por mais horas. O efeito foi contrario. Foi aí que ele passou a me desprezar mais inda. Já que agora ele seria obrigado a cuidar de uma aleijada. Ele claramente não me amava mais. Se é que amou algum dia. Depois da minha recuperação ele me largou! Naquela altura eu já não me importava tanto assim. Eu voltava da academia umas 21:00; vi ele entrando em uma casa. Não era mais da minha conta, mas resolvi ir atrás dele. Descobri que ele tinha outra família. Uma mulher claramente mais bonita que eu, dois filhos meninos. Entrei pela janela dos fundo, onde dava na cozinha e cheguei na sala. Esfaqueei todos eles ate a morte. Fiz questão de dar uma facada a mais ele. Não me importo de ser presa ou morta! Tudo o que eu queria era ser amada! E já que ele tirou isso de mim; também tirei tudo dele.

Eles vivem

Sei que esse papo de alienígenas é uma coisa meio… brega, praticamente ninguém acredita nisso. Mas, eu posso lhe garantir que tive uma experiência de outro mundo.

O meu nome é Amanda; e era uma terça-feira comum. Eu estava saindo do prédio onde moro para ir passear com o cachorro. Era umas 16:00 da tarde, ou algo assim. Estava tudo indo bem; até me cachorro travou e não queria mais andar. Ele olhava fixamente para o matagal que ficava ao redor dos prédios. Falei: “O que foi, garoto?”. Ele nem piscava; fiquei obviamente assustada com aquilo! Ele não era de fazer isso do nada. A pior parte era que teríamos que passar pelo mato para chegar em nosso prédio. Mesmo com medo; carreguei ele e fomos. De repente senti um enjoo e uma tontura forte; minha cabeça começou a girar. Do nada começou um som agudo bem alto! Com um pouco de estática. Nossa, quase fiquei louca! Joguei o cachorro no chão; entendo tampar os meus ouvidos. Sério, parecia que minha cabeça iria explodir a qualquer momento! Deitei no chão tentando cobrir meus ouvidos o máximo possível; foi quando olhei para cima; vi um objeto, metálico cromado sobrevoando às árvores. Ele era como uma grande disco de vinil. Eu nunca vi uma coisa daquelas! Pensei que iria morrer ali. Meu cachorro não para de latir! De repente a cabeça dele explodiu, na minha frente. Os olhinhos dele foram parar na minha blusa. Segurei o choro o máximo que pude; até que aquele som parou. Ele foi embora; efetuando um enorme estrondo. Não sei descrever o que estava sentindo naquele momento; não conseguir sair do chão nem me mexer durante um bom tempo. Estava tentando digerir tudo aquilo que aconteceu. Como falarei para minha mãe que nosso cachorro foi morto por um objeto enorme que planava no céu? Depois desse dia nunca mais fui a mesma; eu tinha pesadelos, pesadelos em que aquela coisa voava sobre minha coisa. Até hoje não consigo entender como mais ninguém ouviu ou viu aquela coisa. Por isso estou compartilhando com vocês! Na esperança de encontrar mais alguém que tenha recebido essa visita. Agora, estou paranoica; sempre olhando para o céu; com medo dele voltar.